Os Tracy Lee Summer formaram-se em 2007 no Barreiro, Portugal e são um trio que toca rock and roll puro e duro. Depois de algumas alterações na formação, gravaram dois EP’s através da Hey, Pachuco!, duas músicas editadas numa compilação e um single em vinil (edição conjunta entre a Hey, Pachuco! e a Folc Records).
Os seus membros têm nomes curiosos como Captain Death (vocalista), Tom Violence (baterista) e Sisley Waddington na guitarra, o que adensa todo o mistério sobre estes barreirenses que já tiveram o videoclip de "All My Love" banido do Youtube. Aproveitem para ver enquanto não é banido do Vimeo também.
Não percam um concerto desta banda que provavelmente tocará no bar mais reles da tua rua, não porque não tenha qualidade para tocar em locais melhores, mas apenas porque a cerveja costuma ser mais barata.
Nos comentários tens acesso a todas as músicas editadas até então por esta banda que já é uma autêntica coqueluche do garage-punk nacional, ou como eles diriam, garbage-rock.
Tédio Boys foi uma banda originária de Coimbra, com uma história ímpar em Portugal. Apesar de não terem tido grande mediatismo, a sua influência na música portuguesa é enorme, por ter gerado várias bandas como d3Ö, Wraygunn, The Parkinsons,Blood Safari e Bunnyranch. Não percam o documentário "Filhos do Tédio" sobre o percurso desta mítica banda.
Actualmente, os vários elementos têm outros projectos. Toni canta nos d3Ö, Kaló está nos Bunnyranch como baterista e vocalista. O guitarrista Vitor Torpedo agitou Londres com os Parkinsons e Paulo Furtado conhece o êxito com os WrayGunn e o seu projeto a solo Legendary Tiger Man.
Este é o seu álbum de estreia "Porkabilly Psychosis" lançado em 1994.
Aproveitem para conhecer a melhor banda de rock nacional dando uma espreitadela nos comentários.
Formados por Jay Reatard, Alicja Trout e Rich Crook os Lost Sounds já foram várias vezes mencionados neste blog porque são uma das bandas mais importantes na junção do synth-punk com o garage-rock.
Este é o seu último registo de 2004 e o melhor disco deles, para mim.
Para muita gente os Lost Sounds continuam a ser o que de melhor Jay fez na sua curta carreira, apesar de eu não concordar e achar que o que acabou por fazer a solo no final da sua vida foi muito mais excitante e inovador.
Nos comentários tens este disco para veres que o seu som se mantém bastante moderno e atual apesar de já terem passado quase 10 anos da sua edição.
Ian Magee conhecido por Nice Face é um compositor que faz uma espécie de synth-punk mas com laivos de garage-rock que me despertou a atenção quando lançou este ano o álbum “Horizon Fires”.
Sempre achei piada ao synth-punk desde meados dos anos 90 quando descobri os Atari Teenage Riot. O problema deste estilo musical é que pouco evoluiu deste então, apesar de haver algumas bandas que lhe deram um toque especial como os Lost Sounds, por exemplo. Já tinha ouvido o anterior álbum "Immer Etwas" (de 2010) de Nice Face por isso quando me recomendaram este ábum com uma capa de disco simplória e pouco atraente, não estava à espera de grande coisa mas o som presente neste disco é super-cativante como se pode comprovar pelo vídeo seguinte:
Nos comentários podem ter acesso a esta fusão sempre complicada do garage-rock com o synth-punk, isto é, os dois álbuns de Nice Face.
Os Teenanger são uma banda canadiana (de Little Portugal, Toronto) que toca um garage-punk-rock cheio de riffs de guitarras altamente distorcidas e que me fizeram ficar louco na primeira vez que os ouvi.
Este é o seu segundo álbum até ao momento e de certeza que é um dos melhores discos de 2012!
Experimentem ver os dois vídeos e vão ver que não vão conseguir resistir a comprar esta bomba sonora!
Nos comentários está o álbum onde constam estas duas grandes malhas.
Os Thee Oh Sees têm estado um pouco parados este ano. O seu
ritmo normal é dois a três álbuns por ano, mas como passaram a primavera e o
verão em tour pelo mundo fora (estiveram em junho no Porto) compreende-se
porque só lançam o seu álbum agora “Putrifiers II”.
Enquanto “Castlemania” do ano passado foi um álbum de experimentações,
e “Carrion Crawler” um álbum de garage-punk hipnotizante, “Putrifiers II” é um
álbum que se encontra no meio destes. John Dwyer pode ser o líder e principal
compositor, mas a sua banda de apoio tem sido cada vez mais influente no som
dos Thee Oh Sees, isto nota-se de álbum para álbum.
Já sou um fã de John Dwyer desde que ele integrava os Coachwhips
e ninguém combina garage, punk, psych, krautrock e melodias pop como os Thee Oh
Sees. Altamente recomendado e quase de certeza que será um dos melhores discos
de 2012.
Se tiverem oportunidade de os ver ao vivo, não percam!
Em conversa com um amigo sobre os três discos que recomendaria para se entender o garage-rock feito nos últimos tempos e que daqui a uns anos se irão tornar em clássicos (já o são?) eu escolhi estes três:
Começando pelos Oblivians e pelo seu segundo álbum - "Popular Favorites" - lançado em 1996 via Crypt Records, o disco mais parece uma compilação de hits garage-rock. A agressividade do trio dissolve Cramps e Ramones de forma magistral, ainda mais levando em conta que os Oblivians são de Memphis, Tennessee onde o garage-rock corre nas veias de cada habitante.
Por falar em veias (sangue) e saído também de Memphis nada melhor que o disco de estreia de Jay Reatard chamado "Blood Visions", lançado em 2000 e que leva o garage-rock a um nível mais elevado onde se notam todas as influências de punk-rock de 1977, especialmente dos Adverts. Foi uma pena que Jay nos tenha deixado em 2010, onde acredito o melhor ainda estaria para vir.
Para finalizar os Black Lips de Dunwoody, Georgia e o seu quarto disco de originais, "Good Bad Not Evil" lançado em 2007 via Vice Records e que contém os clássicos mais "comerciais" da banda como "Katrina" ou "Bad Kids".
Nos comentários tens acesso a estas autênticas maravilhas que os meus vizinhos se encontram literalmente fartos de ouvir.
Os Spits tocam um garage punk sujo e bastante divertido …
pouco conhecido para as massas, mas uma banda muito respeitada na cena do
garage-punk … os Spits são uma banda que simplesmente adora o lo-fi punk rock
... os seus álbuns nunca têm nome e no ano passado (2011) lançaram o seu quinto álbum de estúdio
(denominado Volume V).
São uma das poucas bandas da atualidade que já tiveram várias
das suas músicas coverizadas pelos
seus contemporâneos, os Spits já fizeram muito, mas ainda têm muito mais para
nos dar, à medida que continuam a influenciar qualquer pessoa com uma propensão
para a música punk tocada como se não houvesse nada a perder.
Influenciados pelos The Mummies, Supercharger, Ramones e The
Misfits ... tocam um punk-rock
minimalista e super-divertido como podem ver pelo vídeo da sua tour.
Nos comentários podes ter acesso ao quinto volume.
Acabei de ouvir os dois álbuns de seguida, e sinto que o meu
corpo foi arrastado mais de 50 km num asfalto cálido e sinuoso.
Os K-Holes são uma banda formada por dois homens e três mulheres
onde se destacam ex-membros dos Black Lips e dos Golden Triangle. Esta não é uma
banda para ser estudada ou dissecada como a poesia, é destinada exclusivamente
a ser sentida no estômago, e o que me captou mais foi a atmosfera brutal dos
álbuns.
O primeiro álbum, apresenta um registo intenso e estridente
sempre inflamado por um saxofone desenfreado. É difícil distinguir as faixas
deste álbum já que o sax atravessa-as todas sempre com uma influência
descomunal e onde por vezes pensei que estaria a ouvir os Birthday Party ou os
Beguiled.
O segundo álbum arranca com a faixa “Child” que é um terrífico
puzzle ardente onde se consegue pressentir Jack O Estripador ao virar da próxima esquina e onde a influência dos Birthday Party se faz notar, mas os K-Holes fazem-no
duma forma mais mórbida (será possível?). De seguida surge a grande faixa
(hino) dos K-Holes (ver vídeo abaixo) e pouco há a dizer a não ser que adoro
aquele riff de guitarra e que o vídeo está simplesmente impecável.
Enfim, apreciadores de canções sobre homicídios, ódios,
ratos e outras substâncias repugnantes deverão acompanhar esta banda que ainda
vai dar muito que falar.
Por fim, devo realçar que foi uma boa coisa que Jack Hines quando
abandonou os Black Lips em 2004 não formou mais uma banda de garage-rock que
indubitavelmente iria ser comparada e menosprezada com a sua anterior formação
e aventurou-se por um caminho novo e empolgante com estes K-Holes.
Nos comentários encontram duas maravilhas para vos arrepiar a espinha!
Os FIDLAR da California acabaram de fazer uma tour com os The Hives e julgo que são uma das maiores esperanças do punk-rock americano. Porquê? Os problemas com a LAPD (policia de Los Angeles) sucedem-se diariamente o que vem provar que vão pelo bom caminho ehehe
Eles apresentam-se assim:
As suas músicas falam dos problemas diários dum teenager no sul da California, isto é, drogas, surf, skate e álcool. Isto pode constatar-se no vídeo acima onde dizem: “I feel like getting drunk / Feel like fucking up my life again with all my friends”.
Os membros da banda vivem num apartamento minúsculo onde pranchas de surf e instrumentos se amontoam num caos total. O guitarrista Elvis Kuehn e o seu irmão Max Kuehn (baterista) tiveram uma banda quando tinham cerca de 13 anos onde chegaram a fazer a primeira parte dos concertos dos Adicts, por isso já andam nestas andanças há algum tempo.
A minha faixa preferida pode ser vista no video seguinte:
Nos comentários está toda a discografia lançada (2 EP's, muitas demos e versões ao vivo) até ao momento (exceto o EP "Don't Try" que acabou de ser lançado).
Imaginem três rapazes do Texas (USA) que decidem criar uma banda punk ao estilo KBD (Killed By Death) nos dias de hoje, conseguem imaginar? Agora imaginem que o vocalista é o baterista, está melhor não? Agora imaginem que esta banda decide cantar em indonésio!?! Estranho, não?
Nada disso, tudo perfeito para mim:
Este CD de 2012 contém todo o material gravado até então por esta banda e são 52 faixas!
Quem quiser começar a aprender indonésio, basta ir aos comentários!
A nova banda de Piero Ilov dos Fatals e Demon's Claws. Foi um disco que custou a entrar mas que agora não consigo parar de ouvir! Adoro o psicadelismo estridente em algumas faixas neste seu album de estreia.
Enfim, pouco tempo para escrever e muito para ouvir, vejam nos comentários como ter acesso a esta autêntica pérola.
Após a publicação do video com os melhores álbuns de 2011 (ver post anterior), começo com a primeira banda que aparece nesse video: ACID BABY JESUS
Vêm da Grécia e este é o seu primeiro longa-duração. São 13 faixas da mais alta qualidade garage/punk com toques de psicadelismo e que devem ser tocadas com o volume no máximo!
Estão na mesma onda dos Black Lips (fizeram a tour europeia com eles), isto é, um som cheio de energia e fuzz.
Aconselho vivamente este disco e aguardo ansiosamente por um álbum dos Bazooka, outra banda grega.
Nos comentários têm algo para irritarem os vossos vizinhos.