The Snow Twins - garage-rock do sul do Brasil

The Snow Twins é uma banda do Rio Grande do Sul, Brasil. Formada pelo casal Luan Machado (guitarra e voz) e Helen Souza (bateria) fazem um garage-rock bem cru e sujo, na onda dos americanos The Hussy, White Mystery ou White Stripes. Por falar em White Stripes, Luan e Helen chegaram a ter uma banda-tributo ao projecto de Jack e Meg White antes de formarem os Snow Twins.
Após terem lançado o álbum de estreia em 2013, hoje (sim hoje mesmo) editam o single "Bianco Fuzz" que vos trago aqui, gentilmente cedido pela banda.

São dois temas bem lo-fi onde a bateria desenfreada de Helen no primeiro tema e a guitarra afiada e cortante de Luan no segundo tema são um autêntico espancamento brutal e impiedoso aos nossos ouvidos e em especial aos ouvidos dos vossos vizinhos se forem devidamente escutados no volume que merecem. Alto, bem alto, é impossível não ouvir isto cada vez mais alto!

Para quem se recorda da compilação lançada por este blog, os Snow Twins já demonstravam toda a sua rebeldia sónica e estão cada vez mais coesos e potentes. Ficaremos a aguardar a vinda a Portugal deste projecto que estou seguro que irão ser bastante bem recebidos pelo público nacional.
Para mais informações sobre este duo é só seguirem o canal de comunicação que gostarem mais:

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• TNB
• Navitrola
• Reverbnation

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Planeta Quadrado - punk-rock barreirense

Os Planeta Quadrado são uma banda do Barreiro, Portugal formada por Paulo Heleno na voz, Johnny Pinha na guitarra, Claúdio Santos no baixo e por Sérgio Bandeira Franco na bateria. Estamos perante uma banda de punk-rock com músicos que já andam nisto há uma carrada de tempo, por exemplo, Paulo foi membro da banda punk Kolapso e Pinha era o líder da antiga banda indie dos anos 90, os Gasoleene, bem como fez parte dos miticos The Sullens, entre outras bandas.

Acabaram de editar este mês o seu álbum de estreia, de título homónimo, e deixem-me dizer-vos que é um belo disco.

 Estamos perante um punk-rock interessante e pujante e atrevo-me a dizer que se as guitarras tivessem cabelo, Pinha seria um cabeleireiro de renome internacional já que consegue sacar acordes e riffs que nos fazem sair do punk-rock puro e duro para algo mais grandioso e esplendoroso. Isso só os grandes artistas o conseguem. É claro que ele consegue realizar estes devaneios fantásticos porque tem um bloco compacto de bateria/baixo que o ampara e lhe dá a rectaguarda fundamental. Em relação à voz, surpreendeu-me bastante pela positiva, já que estava à espera daquelas vozes muito habituais das bandas punks nacionais dos anos 90 e que sinceramente sempre me irritaram (não vou mencionar nomes, mas vocês devem saber do que falo) mas Paulo Heleno consegue dar um tom melódico às críticas vorazes que faz a esta sociedade cada vez mais podre.



No bandcamp da banda, após um breve texto introdutório que tenta descrever o seu som, perguntam se "será isto punk- rock?" e eu respondo com outra questão "e isso interessa?".
Passem pelo bandcamp da banda e façam o download ou para os mais apressados, passem pelos comentários deste post.

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Mike Krol - ele odeia jazz e ainda bem!

Hoje trago-vos Mike Krol de Milwaukee, Wisconsin (USA) e a sua história começa por volta de 2010 quando decide abandonar uma carreira promissora como designer gráfico (chegando a vencer alguns prémios como jovem revelação) e mudar-se para Los Angeles para se tornar músico.

Decidido a lançar EP's para o resto da sua vida, estreou-se em 2011 com o curioso título "I Hate Jazz", seguido de "Trust Fund" editado em 2013.

Musicalmente, temos um pouco de garage-rock com alguns teclados fazendo lembrar uns Talking Heads quando vagueavam pelo CBGB's no final da década de 70, quando, de repente, os vocais naïf surgem inesperadamente e os riffs de guitarra denotam que estamos perante um post-punk agressivo e vibrante. Passem pelo seu bandcamp, oiçam o tema "Straaange" ou "Natural Disaster" bem alto e aposto que irão correr à secção dos comentários deste post.

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OBN IIIs - punk rock texano!!

Os OBN IIIs são uma banda de Austin, Texas (USA) liderada pelo vocalista Orville Bateman Neeley. Em 2010, OBN recrutou Andrew Cashen e Jason Smith para as guitarras, Graham Low para ocupar a posição de baixista e Matt Hammer para a bateria e criou assim os OBN IIIs. Se já fores um leitor assíduo deste blog, alguns destes nomes não te soarão estranhos, já que são músicos de bandas locais, como os The Strange Boys, Bad Sports, The Pumpers e os A Giant Dog só para referir alguns.

Após editarem o primeiro álbum "The One And Only" em 2011, voltaram em 2012 com o álbum simplesmente intitulado "OBN IIIs" e este mês regressam com o novo álbum "Third Time To Harm".

Em termos sonoros o que temos aqui é um punk-rock descomprometido, cheio de riffs e power-chords que são a banda-sonora perfeita para brigas em bares. Há algo semi-evangélico sobre a entrega sarcástica de Neeley, e como clichê que isto possa parecer, a sua banda parece acreditar no rock n 'roll não apenas como música, mas como religião. Acredito que também conseguirás ver a luz e encontrar a salvação.

Podes ouvir o novo álbum para teres uma ideia antes de dares um saltinho à secção de comentários deste post.

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Audacity - o EP de estreia saiu do baú

Para quem tem acompanhado este blog sabe que gosto bastante dos Audacity, uma banda de Orange County, California (USA) formada por quatro miúdos de 14 anos, dos quais falei aqui, aqui e ainda aqui.

Venho agora falar-vos deles novamente porque a Burger Records resolveu editar o raríssimo EP de 2007, "Juva Jive" que estes rapazes tinham gravado quando ainda frequentavam todas a mesma escola e que nunca tinha sido editado em condições. Aqui temos a ferocidade do punk aliada a melodias pop que para mim são o melhor que estes miúdos fazem.

Alguns destes temas figuraram no álbum de estreia da banda, "Power Drowning" editado no ano seguinte, mas aqui temos as canções em estado bruto o que faz com que sejam ainda melhores. O EP termina com a seguinte frase:  ""I like you in the morning / But I hate you in the evening." do tema "Mode", um dos hits da banda que aqui poderemos ver ao vivo acompanhada pelo "todo poderoso" Ty Segall e alguns dos seus amigos.

Como bónus, nos comentários encontrarás ainda os dois primeiros álbuns da banda: "Power Drowning" de 2008 e "Mellow Cruisers" de 2012.

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Stalins Of Sound - synth-punk de San Diego

Os Stalins Of Sound são uma banda de San Diego, California (USA) formada em 2010 por Hadi Fever na guitarra/vocais, Davie Deathmetal no baixo e Jimmy 'The Worm' nos teclados/percussão. Fazem um synth-punk mais macabro que os Spits, menos pop que os Devo e mais corrosivo do que os Digital Leather.

Após terem lançado vários singles e EP's que podem ser escutados no bandcamp da banda, este mês editaram o álbum de estreia intitulado "Tank Tracks" que é um dos melhores álbuns de 2014, sem qualquer sombra de dúvida.

Apesar de ser um disco que não entra facilmente após as primeiras audições, alguns temas cativam logo pelos riffs de guitarra simplesmente brilhantes. Os temas “El Cajon Beatdown” e “Abominations of Fire” são trabalhados através de beats repetidos até à exaustão, e o tema que finaliza o álbum “Rules For Your Mouth” é tão estranho que parece que alguém pegou na música do "The Legend of Zelda" e misturou-a com punk-rock industrial. Um mimo!

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Hobocop - mistério lo-fi

Existe um enorme mistério em relação a esta nova banda de Reno, Nevada (USA), formada por um alegado membro dos Shannon and the Clams.
Acabaram de editar o seu primeiro registo, através da Slovenly Recordings, intitulado "Half Man Half Cop" que é um álbum cheio de fuzz e distorção que faz com que os temas adquiram uma sujidade agradável em vez de serem mais uma banda de garage-rock limpinho.

Toda a estética lo-fi do álbum faz com que tudo seja misterioso - "Será um teclado ou um efeito de guitarra estranho? "Isto é um baixo acústico ou um efeito de guitarra estranho?". Os temas presentes também são bastante estranhos, por exemplo em "Fair Weather Scum" não se consegue entender nada do que eles cantam, apesar de ser um tema bastante catchy.
Poderia dizer muito mais, mas o melhor é ouvirem os temas disponibilizados no bandcamp da editora e tirarem as vossas conclusões:

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Nohopekids - na Hungria também não há esperança mas há fuzz

Vindo de Budapeste, Hungria, Nohopekids é o projecto a solo de um jovem húngaro que adora David Bowie, Mick Jones e toda a parafernália sonora dos anos 90, mas que faz um som que não tem nada a ver com isto. Bateria desenfreada, vocais abafados e distorção sempre no máximo fazem as delicias de qualquer fã de garage-punk.

Lançou o primeiro single em 2010, "First Wave / Attack!" que são dois temas totalmente instrumentais e cheios de fuzz por todo o lado, mas foi em meados de 2011 que lançou um EP de título homónimo que me cativou logo na primeira audição do mesmo.

No final de 2011 fez um split com outra banda húngara, os Los Vargitos e no início de 2012 editou o segundo EP de originais, intitulado "Nopopkids" que tem na capa uma das muitas boys band que surgiram nos anos 90 (não sei qual é a banda e tenho raiva de quem sabe!).

Todos estes discos estão disponíveis no bandcamp da banda, mas para os mais preguiçosos coloquei links nos comentários deste post.

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Strange Attractor - irónica depressão

Os Strange Attractor são uma banda do Canadá e são os responsáveis por gravarem um dos discos que mais tem atormentado os meus vizinhos neste último ano. Liderados pelo veterano Jeff Houle que grava a maioria dos temas sozinho no estúdio que criou na cave da sua casa, mas que quando chega a altura de tocar ao vivo (principalmente na Europa onde são altamente venerados, concretamente na Alemanha) recruta o seu irmão Mitch Houle, bem como Andrew Seaton e Eric Hoop. Aliás, os irmãos Houle e Seaton foram os membros da banda pop-punk Statues.

Em 2013 editaram o terceiro álbum de originais e um dos melhores discos do ano, o fabuloso "Back To The Cruel World". Um álbum cheio de tanta alienação e decepção e onde todos os temas não ultrapassam os dois minutos mas que vão ecoar nos vossos ouvidos por dias e dias e é impossível ouvir este álbum sem nos rirmos com as letras escritas por Jeff.
Títulos como "Feel Like Total Shit", ou "This Is Total Shit" ou ainda "I'm Total Shit" dá para ficar com a ideia que não é um álbum que nos levante a auto-estima, mas o mais engraçado é que isto é para ser levado no gozo.

Passem pelo bandcamp da banda para ouvirem os outros seus trabalhos que aposto que não se irão arrepender.

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Babes - garage-punk tosco mas cheio de energia

Os Babes são uma banda de New Orleans, Louisiana (USA) formada por Ian Adams, Sam Yoger, e Rhodes M. Fazem um garage-punk bem sujo e partilham o baterista com os Buck Biloxi & the Fucks que como devem adivinhar são uma banda de New Orleans também.

Em Setembro de 2013 lançaram o seu álbum de estreia (e único até ao momento) pela conterrânea Pizza Burglar Records e temos um som metálico cheio de guitarras sempre no nível máximo de distorção e acompanhadas por uns teclados frenéticos e energéticos. Este álbum pode ser ouvido na íntegra no bandcamp da banda.
Uma pena que só tenha tomado conhecimento desta banda em 2014, pois com certeza que este álbum iria direitinho para o "best of 2013".

Se acham a capa do álbum simplesmente horrível é porque ainda não conhecem o site oficial da banda que parece ter sido feito por um rapaz de 11 anos com os conhecimentos super-básicos de HTML e um ligeiro atraso cerebral. Ahah, lindo e perfeito e que assenta que nem uma luva a este trio louco!

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