The Fatals - talvez a banda mais barulhenta que já vi ao vivo

Os The Fatals foram uma banda de Toulouse, França que surgiu no início deste século (2002/2003) formada por Marco Fatal e Vince Posadzki nas guitarra e vozes, William Le Goff no baixo e Wladimir Malaga na bateria.
Influenciados pelos Oblivians, Reatards, Blacks, Evolutions, Superhelicopter e Scat Rag Boosters… foram talvez a banda mais barulhenta que alguma vez presenciei ao vivo aquando da passagem deles pelo Barreiro Rocks de 2006.
O facto de algum público debandar do local de espectáculos para o bar com os dedos nos tímpanos é a melhor imagem/descrição que consigo fazer do som destes gauleses.

Em 2005, Stef entrou para baterista da banda e Pierre Casteil para o baixo, mas isto já significava que banda se estava a desintegrar... algo que aconteceu de vez em 2007.
Editaram vários EP's entre 2003 e 2006:

• "Angry" de 2003;
• "Livin My Bed" de 2004;
• "Slave My Soul" de 2004;
• "Yeah Baby!!!" de 2005;
• "Pathetic" - split com os Evolutions de 2005;
• "Get Out My Life" de 2006.

 

Para além destes EP's ainda lançaram um 10 polegadas que se pode considerar como o único álbum da banda e uma compilação que reune os primeiros EP's.

Os meus vizinhos detestam quando coloco isto a rodar cá por casa e os vossos também vão "adorar".

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Scraper - San Fran's best kept punk rawk secret

 

Os Scraper são um trio de San Francico, California (USA) formados em 2012 e que acabaram de editar o seu álbum de estreia. Altamente influenciados pelos Flipper e Urinals, o som é caracterizado por uma guitarra lo-fi e uma bateria primitiva que evoca imagens de uma percussionista demente batendo em pedaços de carne.

Liderados pelo vocalista Billy T-shirt, os Scraper são a mais recente coqueluche do garage-punk californiano e em 2013 chegaram a ter um EP gravado por Ty Segall e por Eric Bauer que pode ser ouvido na totalidade no bandcamp da banda.
O que vos trago aqui é o álbum de estreia, lançado no final do ano passado e que é uma autêntica pedrada no charco psicadélico da cena californiana, trazendo de volta o punk lo-fi que há muito andava afastado daquelas paragens. Os temas aqui tratados são sobretudo sobre drogas, skates e carros, mas tudo descrito por uma mente atordoada e paranóica que faz com que tudo seja motivo de felicidade e diversão fazendo lembrar os Angry Samoans ou os The Spits.

Como curiosidade podem ver o video da sua primeira aparição ao vivo.

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Atomic Suplex - dirtorção e feedback nunca são demais

Os Atomic Suplex são uma banda de Inglaterra e são considerados como os Guitar Wolf ingleses.

Energia é a palavra-chave para descrever os Atomic Suplex e as suas apresentações ao vivo sempre foram descritas como "explosões sónicas" onde mais importante que toda a destreza no manuseamento dos instrumentos, é a intensidade e paixão que se coloca em cada tema, e nisso os Atomic Suplex dão 110%. Dois minutos é o tempo suficiente para cada tema e só se compreende que cheguem aos três minutos, se o último minuto for de feedback estridente.

Já editaram dois álbuns: ""Rock & Roll Must Die!" em 2010 e "Bathroom Party" em 2011 que figurou logicamente no video de best of deste estaminé.

Para além deste álbuns, ainda lançaram vários EP's, dos quais destaco os splits com outras bandas:

• com os The Swankers - "Fuck Off / Atomic Suplexed By A Girl" em 2007;
• com os Hercules II - "Supersonic Breakdown" em 2010;
• com os Theee Bat - "The Trash Battle" em 2012.

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Kajun SS - um projecto de King Louie

Em 2004, Louie Bankston, que provavelmente devem conhecer por King Louie, membro de bandas emblemáticas da cena garage-punk como os The Persuaders, os Bad Times, ou os seus mais recentes Missing Monuments, juntou-se a Jason Craft, seu ex-companheiro nos The Persuaders para fazer uma banda garage-punk bem suja, com vozes arrastadas, distorção ensurdecedora e bateria galopante.
Surgiram assim os Kajun SS.

A banda apenas editou três EP's:

• "Wop Bop Bam Bam" em 2004, editado pela Jeth Row Records;
• "$40 Quartet" em 2005, editado pela Die Slaughterhaus;
• "Jazz Legends" em 2007, editado pela Jeth Row Records;

Foi uma pena que este projecto tenham durado tão pouco tempo, mas não nos podemos queixar muito porque King Louie não pára de lançar grandes discos.

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Flesh Panthers - punk rock de Chicago

Os Flesh Panthers são uma banda de punk-rock de Chicago, Illinois (USA) formada a partir das cinzas dos Andy Marchel and The Cocaine Rainbow.
Influenciados pelo punk-rock do final da década de 70, isto é, por bandas como os The Germs, Protex, The Killjoys, e ainda pelos Black Flag e Void, fazem um punk-rock como deve ser, isto é, sujo, agressivo e com uma valente dose de diversão!

Acabaram de editar mais um EP em formato cassete, no passado mês de Fevereiro, que como está descrito no bandcamp da banda, são 15 minutos de total adoração aos Dead Boys e em que terminam com uma cover dos Black Flag. Em 2013 tinham editado um EP de quatro músicas que segue o mesmo padrão.

Ao vivo devem ser fantásticos, como podemos comprovar neste famoso show de TV por cabo de Chicago.

Vamos aguardar pelo álbum de estreia que deve estar para ser lançado ainda este ano, enquanto esse dia não chega... vamos chateando os vizinhos com isto!

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together PANGEA - um dos candidatos a disco do ano

Os Pangea voltaram com um novo disco e um novo nome. Tal como havia referido aqui, agora chamam-se together Pangea e lançaram no passado mês de Janeiro o terceiro álbum de originais.
 

Intitulado "Badillac" é um dos candidatos a disco do ano, e abre logo com este tema fantástico chamado "Alive".

Aqui temos mais garage-pop-rock juvenil do calor californiano, e é mais uma banda descoberta pela editora Burger Records, responsável pelo do melhor que a California nos tem trazido nesta segunda década do séc. XXI (bandas como os Audacity, Hunx & His Punx, FIDLAR e até Ty Segall são um exemplo).
Neste novo álbum, editado pela Harvest Records, os hits sucedem-se uns atrás dos outros.

Nestes últimos meses este é um dos discos que mais tem rodado cá por casa e os meus vizinhos agradecem, já que podem ir abanando a anca enquanto limpam o pó.

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The Murlocs - blues-rock australiano

Os The Murlocs são uma banda de garage-blues-rock de Geelong, Victoria (Austrália), liderada por Ambrose Kenny-Smith que também faz parte dos King Gizzard And The Lizard Wizard. Formaram-se em 2011 e são muitas vezes comparados com os americanos The Strange Boys, já que apresentam um som bastante similar.

Ainda só editaram dois EP's, um de título homónimo e outro chamado "Tee Pee". Ambos foram editados em 2012.

O que chama mais a atenção nestes australianos é a utilização da harmónica por parte de Ambrose na maioria dos temas, o que torna o seu som tão característico.

Nos comentários tens, para além destes dois EP's, um disco gravado ao vivo.

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Vivian Girls - garage-pop no feminino

 

As Vivian Girls foram um trio de garage-pop de Brooklyn, New York (USA) formado em 2007 e que durou até Janeiro de 2014. O trio era composto pela loira Cassie Grzymkowski (aka Cassie Ramone) na guitarra, pela ruiva Katy Goodman no baixo, pela morena Fiona Campbell (que substituiu Ali Koehler) na bateria e todas cantavam na maioria dos temas.

Editaram três álbuns de originais, o primeiro de título homónimo em 2008, seguido de "Everything Goes Wrong" no ano seguinte, e terminando com "Share The Joy" de 2011.

O som é um power-pop melódico, com alguns laivos de shoegaze e seria daquelas bandas que deveriam ter lançado apenas um álbum e desaparecido. Isto significa que o primeiro álbum é, sem qualquer margem de dúvida, o ponto alto da banda.

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CPC Gangbangs - não aconselhado a ouvidos sensíveis

 

Os CPC Gangbangs foram uma banda de Montreal, Canadá que surgiu em 2001 por ex-membros dos Les Sexareenos, dos The Spaceshits e de outras bandas da zona. Em 2002 lançaram o primeiro single "When All Turns To Shit" com um som puramente punk-rock na onda de uns Black Flag e em que assinaram como The Gangbangs. Em 2003, entraram dois membros para a banda, Choyce (ex-guitarrista dos Les Sexareenos) e Paul Spence (famoso pelo documentário Fubar) e o garage-punk de então começou a incorporar um pouco de space rock.

Só editaram um álbum, o agora clássico "Mutilation Nation" de 2007.

Para além deste álbum, editaram vários EP's:

• "When All Turns To Shit" em 2002;
• "Mechanical Man" em 2006;
• "Teenage Crime Wave" em 2007;
• "WWIII" em 2007;
• um split com os The Confusers em 2007;
• "Welcome To Hell" em 2007;
• "The Broken Glass" em 2007;
• "Kill Yourself For Rock N Roll" em 2009

 No final de 2008, após a detenção de um membro da banda nos USA e a saída de alguns membros, Choyce resolveu dissolver a banda. Alguns desses membros formaram os Red Mass e Choyce actualmente está envolvido na banda PyPy (que falei aqui).

Uma banda que não é aconselhada a ouvidos mais sensíveis, e uma das melhores bandas canadianas do início do século XXI.

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Dusty Mush - mais uma banda francesa

 

A França parece ser o país a observar neste momento. Vindos dos súburbios de Paris, os Dusty Mush são um trio composto por Cédric Bottacchi nas guitarras e vozes, Romain Duplessier no baixo e Maxime Saïd na bateria.

O som vibrante deste trio tem parecenças com os sul-africanos The Future Primitives (com os quais partilharam os palcos na última tour), mas tem grandes influências da onda californiana dos Thee Oh Sees ou Ty Segall.

Já editaram alguns EP's e cassetes, mas o que vos trago aqui é um split com os The Future Primitives de 2013 e o novo EP lançado este mês.

Este último EP tem sido a minha banda sonora ultimamente e é um disco que demonstra que o garage-rock francês é o mais excitante da actualidade.

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Thee MVP's - o novo garage-punk de Londres

 

Os Thee MVP's são uma banda de Londres, Inglaterra formados em 2012 por Charlie Wyatt.

Acabaram de editar o seu segundo EP e é um garage-punk como eu gosto, fazendo lembrar Ty Segall (especialmente no primeiro tema) mas também os Thee Oh-Sees.

Mais uma banda a observar e espero ansiosamente por uma longa-duração que tenho a certeza que será bombástico!

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Thee Mighty Fevers - black leather jacket punks from Japan

Quando no ano passado descobri os Thee Mighty Fevers pensei que os Teengenerate tinham reencarnado nestes putos japoneses. Toda a gente sabe a paixão que tenho pelos Teengenerate e uma banda que se aproxime do som feito por eles, merece desde logo a minha atenção!
Eles vêm de Kobe, Japão e fazem-me recuar aos anos 90, onde o garage-punk japonês dava cartas pelo mundo fora, através de bandas como os Guitar Wolf, Teengenerate ou os Registrators.

Temos um garage-punk bem furioso, com clara inspiração no punk-rock americano do final dos anos 70 (Ramones e Pagans), isto é, rock simples mas tocado de forma muito rápida!
Editaram em 2013 o álbum de estreia, que seguiu directamente para o meu video de "best of 2013", chamado "Fuck'in Great R'N'R".

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